quinta-feira, 12 de julho de 2012

Bailarina dançante.





Dizem que meninos não choram. Mas eu chorei. Quer dizer, ainda choro. Não! Não a culpo por nada, acho que acabei com o sofrimento dela. E eternizei o meu. Tentam me entender, não sou o culpado desta história, apenas fiz o que... Bom, apenas fiz.
Era outono, as folhas se desprendiam feito bailarinas dançantes. O dia estava medonho, acho que a meteriologia já tinha previsto o que iria acontecer.

O barulho suave da chaleira me despertou, um cheiro forte de café fresco rondava a casa, uma luz forte vinha de minha janela, então me dei conta que já tinha amanhecido. As 5:58 da manhã, músicas antigas tocavam na estação de um rádio, eram canções melancólicas de um velho cantor já falecido, esse rádio por então localizava-se na copa. Lá, um frescor de menta entrava por minhas narinas, e tinha certeza que meu idoso padrasto já se mantinha de pé. 
Waffle, bacon e ovos me esperavam na mesa. Tentei engolir o máximo que pude, não poderia me atrasar novamente para o colegial, desta vez eu ganharia um bela de uma advertência. Abri a porta, e até então não tinha percebido mas uma garoa fina estava caindo, então voltei-me para apanhar minha capa de chuva e as chaves do carro. O filho do Sr. Walker passava entregando os jornais e Srt. Pool me acenava com um contagiante sorriso.
Oh não! As noticias do vilarejo não eram nada boas, três mortes e um desaparecimento no bosque, acho que são ''meigos'' ursinhos procurando algum alimento. A estrada estava escorregadia, orvalhos ainda permaneciam lá, concentrei-me em dirigir devagar e singelamente, apenas com um proposito: chegar vivo até a escola; Quando pensei nisso, bufei, meu senso de humor estava forte. 
Ao chegar no colegial, deparei-me com ela, Hannah Mccain a futuramente responsável por arrancar meu coração ainda vivo, e deixa-lo estupidamente sagrar, além de me torturar de
amor. Havia algumas semanas, seu parceiro havia sido uma das vitimas do desaparecimento - aquele mencionado no jornal (o de hoje, pela manhã), e então ela tornou-se meu par nas aulas de cálculos, era algo provisório por enquanto. Mas foi suficiente para acontecer o que aconteceu.

Começou com pequenas dúvidas nas vésperas de avaliações, ela chegava exatamente ás 16:27, todos as vezes e isso me surpreendia, ela era pontual. Meu padrasto tinha alguma intuição sobre ela, era só entrar que arrepios e olhares eram lançados, apesar de perceber ela parecia não ligar muito. 
Além de cálculos uma certa química começou a surgir. Começamos a namorar, e prometi pertencer a ela para sempre, e ela o mesmo. Está ai o meu primeiro erro, prometer ser de alguém para sempre.. 
Namoramos 7 meses e 23 dias, em uma conversa formal decidi que não queria levar nosso relacionamento a diante, e no instante em que a levei até a porta, ela me disse algo no ouvido, como:
'' Eu serei sua para sempre, e você meu. Verá! Eu não brinco com certas palavras''
E se foi. Está ai o meu segundo erro, quebrar a minha promessa.
Cada um foi para caminhos diferentes, ela para a universidade de Princeton na Nova Jersey, e eu... Bom eu continuei cursando alguns cursinhos, tinha ainda meu idoso padrasto no qual me sentia na obrigação de proteger e cuidar.
Três anos depois, uma semana antes de Hannah se formar, recebi um pequeno envelope, no qual dizia:

'' Eu tive momentos tristes, sim, todos têm, mas minha vida foi marcada por muitas alegrias e emoções fortes que me fizeram rir e chorar, e é isso o que realmente importa, o que levamos conosco depois que as nossas carnes apodrecem. Não, eu não decidi partir porque era triste.
Eu tirei minha vida porque parei de viver muito tempo atrás, quando meu coração silenciou-se, se negando a sentir qualquer outras coisa que não fosse seu amor. Eu não vivia há muito tempo, andava por aí como um corpo sem alma, não sentia dor, nem frio, não sentia mais amor, nem o ódio que me consumia por inteira.
A tristeza não é nada comparada ao que eu sentia, eu já não pertencia a esse mundo, acho que nunca pertenci.
Desculpem-me, sei que fui egoísta ao tomar essa decisão, mas eu gostaria tanto de voltar a sentir, mesmo que seja dor. Sei que é difícil de acreditar, mas eu sei que voltarei a sentir algo, na minha próxima vida.
Eu senti a lâmina fria cortar minha pele, e senti o sangue quente escorrer por meus pulsos. Eu sinto, e estou feliz agora. Quero sentir cada gota desse líquido vermelho que sai de mim escorrer e tocar o chão, quero tingir esse chão branco e apático com essa cor viva, quero me recostar sobre isso que é meu e que me faz sentir de novo. Agora eu volto a escutar meu coração, ele bate loucamente. E eu me sinto tão feliz.
O piso está bem mais bonito assim, cor de carmim. Meu coração desacelera aos poucos, não tem mais utilidade. A sensação de calmaria é boa.
Vistam-me com meu vestido de 15 anos, arrumem meu cabelo e me maquiem. Eu já vou acordar para minha nova vida, mas quero ser uma princesa, ou uma bailarina. Sim! Uma bailarina dançante!
Falei que eu pertencia a você. Somente a você, e tenho certeza que agora, você será meu. Sentimento de culpa ira toma-lo. Será obrigado a conviver com isso, caso não queira, te esperarei. Aqui. Em uma outra vida. Como meu príncipe ou quem sabe dançaremos balé, afinal quero ser uma bailarina dançante, e dançar o nosso amor.'' 
                                                                                        Hannah Mccain

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Irei fazer, fazer, fazê-lo ser meu. Oh, meu. Sim, eu irei fazê-lo ser todo meu.





Pela primeira vez em tempos, eu acordei feliz. É uma sensação gostosa, acho que você também está sentindo...
Eu não sei, algo de diferente está acontecendo. Todos percebem isso, uma nova Dani está surgindo, e os méritos devem ser dirigidos a você.
Antes de dormir, uma certa dor desapareceu, e foi preenchido por alguma coisa. Alguma coisa extremamente boa, sim muito boa..
Me sinto mais leve, estou sendo tomada por um alivio. Me sentir aliviada é tão bom. Ei, fico te imaginando sabia? Não. Não deve saber. 
Crio perguntas, e formulo respostas nas quais, você responde em minha mente. Ah sim... A maneira que você responde é tão doce que me deixa dopada, hipnotizada... Sua voz fica ecoando em minha mente, essas respostas me deixa bastante contente.
A cada piscar de olhos, uma imagem aparece. As vezes eu até me pergunto, como é possível lembrar tanto desse sorriso Dani? Mas é ótimo lembrar deste contagiante sorriso, do seu sorriso!
Adoro ficar me cheirando. Estrando não? Mas é para saber se seu cheiro ainda permanece em mim, e se estiver um sorriso fica estampado em meu rosto, por horas. Muitos percebem, mas ninguém realmente sabe que esse sorriso pertence a você, somente a você.
Adoro quando diz que me ama, especialmente em horários estranhos, você não sabe mas meu coração acelera e por pouco, bem pouquinho mesmo, não salta do meu peito.
Eu acho que você está conseguindo, continue, a vida está tomando o rumo que você escolheu. 
Eu gosto do seu sorriso. 
Eu gosto da sua energia. 
Eu gosto do seu estilo. 
Mas não é por isso que eu te amo. 
E eu, eu gosto da maneira como... de como você... você me vê.
Mas não é por isso que eu te amo, na verdade não sei bem porque te amo. Mas sei que é amor.  
É, eu adoro esse seu jeito. A maneira com que você se preocupa, a forma com que segura meu rosto, a delicadeza que toca meus lábios. É isso me faz perder o fôlego. 

E a razão de estar escrevendo isso, sim, é a razão de te amar.  


sábado, 26 de maio de 2012

Carpe Diem!


Veja a maneira com que as folhas caem, na verdade elas não caem elas dançam... Escute o som do vento, parece uma melodia não é mesmo? Escute, escute, escute menina! Te fará bem tenho certeza... 
Sinta as pequenas gotas de chuva caindo, sentiu? São frias e frágeis, eu sei. Deixam elas caírem, deixam elas te molharem, deixam elas te lavarem. Deixe o que for imundo, o que te fazer mal e o que te faz sofrer escorrer... Deixe escorrer por ralo a baixo, vai se sentir mais leve...
Puxe as cortinas, abra as janelas, deixe a luz ofegante penetrar a sua pele. Uau, mas veja menina como o sol brilha, ele parece os seus olhos! Que reconfortante não? Ele é o único que te esquenta... 
Role na grama, leia seu livro, isso te fara sair da realidade menina, ela é cruel não é? Eu sei, a realidade maltrata certas pessoas. A grama te faz lembrar a infância? 
Então! Vire uma criança, de gargalhadas de seus tombos, beije seus machucados. 
Ei, viu aquela nuvem? É, ela sorriu para você. Tão leve não? Ela quer que você se sinta assim. 
Esta percebendo? A dor esta diminuindo... Isso é bom, extremamente bom. 
Veja menina, neve! Você acredita? Neve! Mas que mágico, pequenos flocos brancos caindo do céu. Abra a boca, deixe essas coias flutuantes encostarem o céu da sua boca. Não é maravilhoso? Derrete! Que sensação estranha, parecemos crianças felizes. 
Viu menina? Você pode ser feliz com pouca coisa. 
Percebeu? Você sentiu seu dia. Isso é ótimo não? Então, toda vez que se sentir só faça isso, carpe diem! 


terça-feira, 15 de maio de 2012

And this innocent love ..







Eu só queria que soubesse.. que acho que estou apaixonada rs. É, e quando você saber, eu vou estar do outro lado.. sem graça porém sorrindo..   

terça-feira, 10 de abril de 2012

Ei Bob ...



Ei Bob, eu ainda me lembro de você sorrindo sabia? Não... você não deve saber. 
Ei Bob, todas as manhãs eu te procuro, preparo seu café e o deixo perto das bolachas, talvez para quando você saísse apressado e atrasado para o trabalho, não esquece-las. 
Ei Bob, eu sento na nossa... quer dizer agora minha poltrona, e escuto melodias que costumava cantar para você. Geralmente não percebo que as horas se vão, e quando percebo parece ter se passado apenas alguns segundos. 
Ei Bob, a noite eu escuto passos, minha mente insiste em pensar que é você chegando; Quem sabe para me dar um beijo de boa noite e dizer que me ama, da mesma quantidade em que existe estrelas no céu. 
Ei Bob, o balanço em que em que... bom... em que demos o nosso primeiro beijo foi enterrado. No mesmo local foi colocado uma cruz, talvez para convencer a mim mesma de que esse amor, morreu!
Ei Bob, todas as noites eu oro, te desejando e pedindo a Deus que eu também fosse desejada por você. 
Ei Bob, eu não paro de sonhar, é acordada, dormindo, comendo, escrevendo... Enfim é em todo estante.


Oh Bob! Eu parei de viver,  você se tornou essencial assim como o oxigênio.Ei Bob, há uma enorme diferença entre não lembrar e esquecer, pois bem... eu escolhi não lembrar, está sendo muito doloroso. Vivo em um ambiente em que tudo tem a sua cara e tem o seu gosto. Não lembrar está se tornando algo difícil e esquecer é algo impossível . 



sexta-feira, 23 de março de 2012

- Freqüência Noturna.

A sensação é totalmente estranha, antes de dormir todos os meus pensamentos estão ligados a você, como se essa ação tivesse a reação de fazê-lo torná-lo meu sonho. Noturnamente a conturbação é freqüente não existe se quer uma noite de sono sem as frustrações dos meus pesadelos; E como se não bastasse ser o causador deles, as noites de insônia também te pertencem.
Levanto-me, pego meu velho e surrado cobertor vou rumo a algo que me ilumine e que me tire da escuridão. Na sala de estar, a clarabóia faz seu papel, deixa sem nenhuma complicação à luz lunar entrar. Então delicadamente me deito, encolho-me, exaustivamente fecho minhas pálpebras, e com muito esforço tento não pensar em nada, já que os monstros e figuras sombrias de meus pesadelos iriam acordar a qualquer momento.
Com urgência, tento preparar meu psicológico para encarar e aceitar essa verdade. De acordo com que a madrugada vem vindo à noite parece ficar mais fria, mais escura, mais aterrorizante, cada vez mais só...
 Ao abrir meus olhos, vejo que a lua saiu da sua posição onde me iluminava; Dava para ver apenas cometas e rochas espaciais, que assim que entravam em contato com a pressão atmosférica deixava pequenos e silenciosos fechos de luz no céu.
Muitos diziam que eram estrelas cadentes, porém assim como todos os mitos eu não acreditava, e abafava meus desejos e pedidos, repetindo inúmeras vezes para eu mesma que isso era apenas superstição, e que me iludir acreditando que iria acontecer, iria me dar falsas esperanças e dor.
Na madrugada as figuras banais e malignas pareciam começar a despertar, fazendo-me suar frio, ter horripilantes gritos e calafrios. Cada vez mais perto, sugando tudo que a de sólido em meu peito, deixando um buraco onde sangrava e doía.
Esse traço de dor permanente começou a desaparecer quando os verdadeiros raios de luzes solar começaram a surgir na clarabóia, sem o obscuro da noite, me vi jogada em um canto gélido da sala.
E assim como o dia, as soluções começaram a aparecer do nada. Enfiei minha dor no bolso e segui em frente, quase gritando em meus pensamentos que esse dia seria diferente e que se não fosse eu tentaria fazer diferente.
O dia não foi tão difícil quanto minha mente tinha imaginado, coisas fúteis do dia-a-dia me entreterão.
E isso se repetia todas as noites e todos os dias; Até que em uma madrugada já acostumada com o buraco no peito a dor não chegou, esperei horas e horas... Mas uma voz bem lá no fundo dizia-me que naquele dia ela não chegaria, e quem sabe até nunca mais.
­­­­­Essa sensação fez com que eu ficasse dopada por breves e longos minutos, percebi que o tempo passou e que tudo na vida é passageiro, o meu amor e o meu sofrimento foram passageiros, além dos dois ter sido longos, foi experiências que faz parte da vida, onde o erro faz com que eu acerte em uma próxima vez. Tentar abafá-los não adiantou em nada apenas fingi... Fingi ser forte, eu não estava sendo forte eu apenas tentei ser forte, dessa vez eu parei de tentar, eu fui forte e em vez de fazer meu dia diferente, comecei pela noite. Fiz da minha noite, uma noite diferente. 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cadê você felicidade?


A um determinado tempo eu já não saia para fora, ou melhor dizer não andava no local onde eu moro. Evitava qualquer coisa, qualquer lugar, qualquer sentimento que fizesse as más lembranças saltitarem de meu peito.
E, no caso, qualquer beco, esquina e ruas me fariam lembrar desse ser desprezível. Bom .. me achei forte o suficiente para aguentar qualquer coisa, qualquer situação, qualquer surpresa, sai ..
O primeiro passo do portão para fora, não foi tão difícil quanto imaginei e para falar a verdade nem o percebi. Fui ao encontro de minha prima, não queria ficar só com as lembranças, e se tivesse algo para poder entreter minha mente desocupada seria ótimo! Ficamos tagarelando, andamos, compramos alguma besteira para comer, que no caso é um hábito. Quando sentamos na densa calçada de cimento, para poder cochichar algo ou coisas de meninas, o ser que é o motivo de minha dor durante tempos apareceu.
O estado de choque permaneceu por breves segundos, o buraco que estava cicatrizado em meu peito sangrou, foi como se ele tivesse cutucado e o arrancado! A maquina de bombear sangue saltitou e naquele exato minuto meu coração não era apenas um órgão, ela era uma maquina de bombear sangue que me fazia sofrer. O que eu evitei durante meses, pareceu não significar e nem me satisfazer em nada, apenas prolonguei a dor..
Ele me fitou, e aquilo me constrangeu, parecia ver as inúmeras emoções e sentimentos que passavam em minha face. Ele veio andando, rumo a minha direção, estava tão paralisada que não soube o que fazer naquela ocasião.  Então peguei a o celular para fingir que não tinha notado a sua presença, e que se tivesse, não tinha feito nenhuma diferença. Tentei fingir estar mexendo na tela fazia do celular.
Mas cada vez mais estava próximo, ele estava forçando demais, eu não seria responsável por meus atos, o corpo dele é como um imã, me atraia. Fechei os olhos, esperando o que ele ira falar, controlando meu corpo, minha mente, meu impulso. Ele trocou alguma palavras, percebeu que eu não estava afim de falar, e como em um gesto de saudação me deu um beijo na bochecha.
Apertei tanto os olhos, que pensei que eles iram estourar, senti um calafrio subindo em minha coluna, senti meu coração batendo tão forte, querendo algum abrigo, querendo o seu amor..
Pensei que iria enfartar, por isso eu não queria sair, eu não queria sentir isso, não queria me iludir e nem ter a sua amizade. Quando consegui me conter e perceber que não era o centro do mundo, observei uma menina não linda, mas também não feia, era bonita mas nada que me invejasse, me fitando.
Só ai que me toquei, a realidade me fez ficar mais dolorida, aquela jovem menina era sua atual namorada, e isso doeu. Uma grande parte da dor foi sim, pelo fato dele ter me trocado e conseguir seguir em frente sem nenhum recendimento, outra parte foi por saber que ele estava feliz, enquanto o motivo de minha dor principal era ele, e a menor foi que eu sabia que ele faria com ela o que fez comigo, assim como fez com Fulana e Ciclana.
Ele pareceu entender minha dor, só entender porque sentir eu tinha a absoluta certeza de que não sentia. Ele andou em direção a ela, e quando os seus olhares apaixonados se encontraram foi um momento perfeito, e confesso senti inveja! Como se não bastasse ele olhou para traz, não para perceber qual seria minha reação mas sim para me olhar e tentar ver que fiquei bem. Seu esforço foi em vão, era óbvio de que eu não ficará bem, era claro que eu ainda o amava e que tentar esconder foi inútil, e quando ele percebeu isso, seu olhar foi de pena, lamento, de culpa ..
As lagrimas queria saltitar de meu rosto, me senti abandonada; As pessoas dizem entender sua dor, como? Nunca sentiram! E acham que com olhares e singelas palavras vão te reconfortar.. E isso acaba sendo um gesto inútil.
E claro que como qualquer outra garota normal, assim que chegasse em casa me trancaria em meu banheiro e choraria, mas fiz diferente. Assim que cheguei, fiquei me perguntando o que tinha de diferente dela, e fiquei me encarando no espelho, e depois de horas já não conseguindo mais inventar defeitos para mim mesma, percebi que se dependesse de alguém ou algo para ser feliz nunca seria, porque seres humanos sempre erram, e um desses erros é mentir e decepcionar, então percebi que a pessoa que estava no espelho é a que realmente me quer e me fará feliz!
  
 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A vida é assim, é o jeito que ela é.


Fique frio, para que você está gritando? Relaxe, isso tudo foi feito antes, e se você pudesse deixar acontecer, perceberia... Eu gosto de você do jeito que você é.
Quando estamos dirigindo no seu carro, você está falando comigo cara a cara, mas você se torna alguém diferente perto das outras pessoas,se ficar te observando é como se você não conseguisse relaxar, é  como se você estivesse tentando ser legal, mas parece um idiota para mim. 
Agora me diga? Porque você tem que ir e tornar as coisas tão complicadas? Eu vejo que está agindo como se fosse outra pessoa, isso me deixa frustada. E a vida é assim, você cai,  você rasteja, e você quebra, e pega o que tem e transforma em honestidade. Você me prometeu que nunca vou te achar fingindo. Você prometeu ... 
Você vem sem avisar, vestido como se fosse uma outra pessoa. Onde você está? E onde é isso? Veja, você está me fazendo dar risadas quando faz sua pose, tire todas essas suas roupas de mauricinho, sabe que não está enganando ninguém, quando você se torna alguém diferente perto das outras pessoas. 
Agora me diga, você me ama de verdade? Realmente sonha comigo? Sou a mulher da sua vida?
Você me deixa confusa, eu pensava que o conhecia como ninguém, que eu te fazia feliz, mas você parece que tem uma mascara. Não sei se quando esta comigo, está a usando, não sei se quando você esta com seus amigos você esta sem ela, sinceramente eu não sei ... 
Sei que o que realmente é verdadeiro é o que eu sinto, e que aparentemente tento esconder,  porque nunca sei quando esta falando a verdade, nunca sei quando o seu '' eu te amo '' é verdadeiro, eu já não sei se depois de tantas mentiras,  tantas topadas, tantos perdões e decepções sou aquela menininha que dizia te amar .. 
Eu não sei se consigo mais fingir que está bem ..

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Small Innocence.

Ao acordar vejo que tudo está bem, pela primeira vez em minha vida e agora é tão bom. Devagar eu olho em minha volta e eu estou tão impressionada, eu penso nas pequenas coisas que fazem a vida ser boa, e não! Eu não mudaria nada nisso, esse é o melhor sentimento!
Essa inocência é brilhante, eu espero que isso permaneça. Sabe quando você era criança e sua maior preocupação era escolher qual sabor de sorvete comer? Então, esse momento é perfeito. Por favor não vá embora, eu preciso de você agora e eu vou me prender a esse momento, não vou o deixar passar.
Eu achei um lugar tão seguro, sem uma única lágrima. Pela primeira vez na minha vida e agora é tão claro, sinto a tranquilidade a que eu pertenço, eu estou tão feliz aqui, é tão forte e agora eu me deixarei ser sincera. Eu não mudaria nada nisso! Esse é o melhor sentimento!
É o estado de êxtase que você pensa estar sonhando, é a felicidade interior que você está procurando, é tão lindo que faz você querer chorar.
Relembrando as minhas primeiras experiencias, sinto a saudade de como é sentir a sensação de descobrir o mundo, de saber o significado das palavras, de sentir o primeiro beijo, de avistar o primeiro amor. De dizer a primeira palavra, de dar o primeiro passo... 
Pequenas e insignificantes conquistas, que se eu não tivesse a malicia de ter feito não me daria coragem para chegar onde cheguei. 
Ai você sente saudades das brincadeiras, da inocência e dos desenhos que tinha paciência de ver, dos coleguinhas, da escola e das professoras que chamava de ''tia''. Lembra, de como queria crescer rápido, de que queria morar sozinho, comer o que quer na hora que quiser, ficar andando por ai quando querer.. 
Mas ai você desperta, e percebe que estava ''viajando'', que a vida não é mais tão fácil quanto pensava, que crescer não era tão divertido assim, que problemas são maiores do que um brinquedo quebrado e roupa nova manchada.
Mas é ai que você lembra que a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força.Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga.
Você aprende que sempre sentiremos saudades, e que nunca estaremos satisfeito com a situação que estamos, você aprende que perdeu a inocência depois que teve a malicia de descobri-la e entende-la. 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

My fairy godmother ♥

Lá estava eu, mas uma vez sem esperanças, fazendo o que eu fazia todos os dias, esperando sem mais nenhum ânimo ver o tempo passar ...
Sim! Era um dia como qualquer outro normal, estava aquietada em minha varanda, fazendo minha leitura matinal, olhando o sol se rastejar e observando o rápido deslocamento das nuvens sob o céu. Era incrível como se transformava em várias figuras que lembrava a minha inocente infância. Dava-se para escutar as melodias que os pássaros assobiavam no alto do penhasco ao lado da cachoeira, que se localizava na trilha a direita de meu quintal.
Como qualquer outro dia normal, eu estava sobriamente focada em achar algo que distraísse minha mente ocupada, que me tirasse do tédio, que me desse uma adrenalina ou alguma outra coisa que acelerasse minha pulsação e que me fizesse sentir que eu estava viva.
Então entrei para minha casa. Uma velha cabana, com portas estreitas, madeiras velhas, com alguns cupins, fungos e traças de acompanhamento. Sem nada de luxos, havia apenas um sofá que eu herdara de minha vó, um gigante monstro que alguns chamam de televisão e que normalmente é de plasma, uma geladeira que faz um barulho estrondoso, que me assustava de vez em quando e um fogão. No quarto havia apenas uma velha comoda, que sinceramente já não aguenta mais nada, uma cama onde eu compartilho meus pesadelos e uma enorme janela, escondida por uma imensa cortina com blecaute que tinha um poder desconhecido de não fazer a luz solar entrar. Sim prefiro habitar na escuridão, já que a luz me atrapalha.
Entrei e sem nenhum interesse liguei a televisão, fiquei trocando de canais o tempo todo como se aquilo me faria realmente prestar atenção em algo. Até que me estressei e a desliguei. Fui ao banheiro, olhei-me para o espelho, fiquei me fitando por uns instantes, a figura que vi no espelho era surpreendentemente assustador! Eu estava tão pálida, que por uns estantes minha face refletiu a imagem de um cadáver que ainda não tinha entrado no seu estado de composição. Aquilo me perturbou, eu parecia uma zumbi, andava, comia, fala,pensava porém não sentia..
Para disfarçar a horrível aparência, entupi meus poros de maquiagem, deixando as feições de meu rosto lisas e homogêneas, verdadeiramente parecendo uma boneca. Apanhei a melhor roupa que eu tinha, um empoeirado vestido de festa que estava contorcido em uma sacola plastica dentro de um baú, que encontrava-se dentro da comoda.
Sai ...
Sem rumo, sem nenhuma distração, sem direção, sem algo ou algum posicionamento! Me enfiei na trilha que observava toda manhã, aquela na direita dos fundos que leva a cachoeira... As árvores que ali abitavam eram úmidas e silenciosas, o som era cortado apenas pelas águas se rebatendo nas rochas. Elas pareciam me observar e isso me assustava!
Quando cheguei lá, havia uma água escura, empoçada em uma parte profunda do riacho, me desesperei. Com um pedaço de graveto repleto de musgos, comecei a cutucar aquele local para ver se encontrava a explicação, e torcendo para que o dono daquele sangue seja qualquer ave ou algo do gênero parecido, para poder me conter e acalmar.
Realmente quem procura acha, de tanto procurar, algo começou a boiar na superfície, parecia um cadáver e esse diferente de mim estava entrando em estado de composição! O virei, para ver seu rosto, e quando olhei em seus olhos escuros, senti e vi a morte!
Deu um grito que fez com que todas as aves que estavam ao redor se assustarem e voarem. Foi quando um grupo de turistas assustados foi ver o motivo de meu grito.
Fui andando desnorteada para traz, esbarrando e tropeçando em tudo que era sólido, até que não tive mais forças para andar, e parei. O acumulo de pessoa que se formava para ver o acontecimento, era mesmo impressionante até segundos atras eramos só eu, o cadáver e a .. morte! Isso me fez ter calafrios.
Foi quando do nada uma voz doce me perguntou: Você é uma princesa?
Totalmente perdida e sem entender absolutamente nada, lutei contra as lagrimas que pareciam ter vontade própria e quando finalmente consegui me conter, com os olhos escaldados de lagrimas enxerguei uma linda menina de cabelos loiros e olhos azuis.Os pés estavam descalços sujos de folhas secas, orvalhos e musgos. Estava em uma vestidinho rosa que apesar de surrado não perdeu a graça.
E depois de a observar e secar o rosto perguntei: Porque acha que sou uma princesa ?
Ela: Seu vestido é de princesa! Você é a Cinderela?
Só ai fui me tocar que meu traje de gala, meu vestido azul que ia até aos pés, com um cinto de laço dourado preso na cintura, não tinha nada haver com aquela situação de luto e dor ..
Peguei na mão da pequena garotinha, que apesar de pequena me ensinou a ver a vida, como se fosse uma brincadeira, que após eu perceber de como era mesmo a morte, após vela e senti-la, percebi que vida pode ser sim um conto de fadas, basta muuuuuuuuuuuita força de vontade e uma pitadinha de imaginação!
Respondi: Claro que eu sou a Cinderela! Como advinhou? E sabe o que você é ?
Ela respodeu com os olhos admirados, como se estivesse descobrido algo importante: O que ?
Eu com um imenso sorriso no rosto, sentindo meu coração bater respondi: Minha fada madrinha!