sexta-feira, 23 de março de 2012

- Freqüência Noturna.

A sensação é totalmente estranha, antes de dormir todos os meus pensamentos estão ligados a você, como se essa ação tivesse a reação de fazê-lo torná-lo meu sonho. Noturnamente a conturbação é freqüente não existe se quer uma noite de sono sem as frustrações dos meus pesadelos; E como se não bastasse ser o causador deles, as noites de insônia também te pertencem.
Levanto-me, pego meu velho e surrado cobertor vou rumo a algo que me ilumine e que me tire da escuridão. Na sala de estar, a clarabóia faz seu papel, deixa sem nenhuma complicação à luz lunar entrar. Então delicadamente me deito, encolho-me, exaustivamente fecho minhas pálpebras, e com muito esforço tento não pensar em nada, já que os monstros e figuras sombrias de meus pesadelos iriam acordar a qualquer momento.
Com urgência, tento preparar meu psicológico para encarar e aceitar essa verdade. De acordo com que a madrugada vem vindo à noite parece ficar mais fria, mais escura, mais aterrorizante, cada vez mais só...
 Ao abrir meus olhos, vejo que a lua saiu da sua posição onde me iluminava; Dava para ver apenas cometas e rochas espaciais, que assim que entravam em contato com a pressão atmosférica deixava pequenos e silenciosos fechos de luz no céu.
Muitos diziam que eram estrelas cadentes, porém assim como todos os mitos eu não acreditava, e abafava meus desejos e pedidos, repetindo inúmeras vezes para eu mesma que isso era apenas superstição, e que me iludir acreditando que iria acontecer, iria me dar falsas esperanças e dor.
Na madrugada as figuras banais e malignas pareciam começar a despertar, fazendo-me suar frio, ter horripilantes gritos e calafrios. Cada vez mais perto, sugando tudo que a de sólido em meu peito, deixando um buraco onde sangrava e doía.
Esse traço de dor permanente começou a desaparecer quando os verdadeiros raios de luzes solar começaram a surgir na clarabóia, sem o obscuro da noite, me vi jogada em um canto gélido da sala.
E assim como o dia, as soluções começaram a aparecer do nada. Enfiei minha dor no bolso e segui em frente, quase gritando em meus pensamentos que esse dia seria diferente e que se não fosse eu tentaria fazer diferente.
O dia não foi tão difícil quanto minha mente tinha imaginado, coisas fúteis do dia-a-dia me entreterão.
E isso se repetia todas as noites e todos os dias; Até que em uma madrugada já acostumada com o buraco no peito a dor não chegou, esperei horas e horas... Mas uma voz bem lá no fundo dizia-me que naquele dia ela não chegaria, e quem sabe até nunca mais.
­­­­­Essa sensação fez com que eu ficasse dopada por breves e longos minutos, percebi que o tempo passou e que tudo na vida é passageiro, o meu amor e o meu sofrimento foram passageiros, além dos dois ter sido longos, foi experiências que faz parte da vida, onde o erro faz com que eu acerte em uma próxima vez. Tentar abafá-los não adiantou em nada apenas fingi... Fingi ser forte, eu não estava sendo forte eu apenas tentei ser forte, dessa vez eu parei de tentar, eu fui forte e em vez de fazer meu dia diferente, comecei pela noite. Fiz da minha noite, uma noite diferente.